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Fatos e ficções: crônica, romance e narrativa arturiana na Inglaterra, 1300-1470
Por Richard J. Moll
Dissertação de Doutorado, Universidade de Toronto, 1999
Resumo: Esta dissertação examina a relação entre as tradições crônicas e românticas da narrativa arturiana na Inglaterra e na Escócia no final da Idade Média. Antes de Thomas Malory disponibilizar grandes porções do ciclo de romances da Vulgata Francesa para um público de língua inglesa, Geoffrey de Monmouth ' Historia Regum Britannie‘, Mediado por várias traduções e adaptações, foi a principal fonte de informação sobre o passado arturiano. Essa narrativa, geralmente considerada um registro historicamente preciso de eventos, interagiu com as tradições do romance de várias maneiras. Portanto, é possível examinar as atitudes do final da Idade Média em relação à historicidade de Arthur e a relação entre fatos e ficções na escrita histórica.
Uma variedade de narrativas crônicas e históricas são examinadas, como a de Robert ManningCrônica‘. A tradução de John Trevisa doPolicrônico‘, E de Andrew Wyntoun‘Crônica Original da Escócia‘. Capítulos completos são dedicados à obra de Sir Thomas GrayScalacronica'(C. 1355), o aliterativo' Morte Arthure‘, E John Hardyng‘Crônica'(C. 1450-1463). Ao examinar textos que procuram apresentar um relato factual do reinado de Arthur, torna-se claro que uma distinção nítida foi traçada entre a narrativa encontrada na tradição galfridiana e aquela que emergiu dos romances franceses.
Os cronistas tiveram o cuidado de distanciar o material de romance de suas narrativas históricas, mas alguns tentaram empregar romances para enriquecer as preocupações temáticas de suas obras. Transcrições das porções arturianas de Thomas Gray 'Scalacronica‘E a primeira versão de John Hardyng’Crônica' estão incluídos. Dois textos de romance também são explorados, ‘Sir Gawain e o Cavaleiro Verde' e 'Os Awntyrs de Arthure‘. Esses relatos de aventuras fictícias não afirmam ser relatos precisos de eventos reais, mas usando o relato da crônica como cenário para narrativas de romance, os poetas utilizaram os temas da história arturiana e deram a entender que suas respectivas aventuras têm implicações para a compreensão do Passado britânico. Vemos ao longo desses textos uma tentativa inicial de aplicar métodos de erudição crítica ao passado distante e de distinguir entre as fábulas que se acumularam em torno da corte de Artur e o que se passou como verdade sobre o maior rei da Grã-Bretanha.